o desafio
Não se tratava apenas de sinalizar ou divulgar um sítio arqueológico.
A missão era maior:
–
Criar uma identidade visual com alma, capaz de refletir séculos de história num olhar contemporâneo;
–
Envolver a comunidade local, especialmente os mais novos, na apropriação e valorização do património;
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Reforçar a experiência de visita, através de suportes informativos, visuais e lúdicos;
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Dar ao Sítio Arqueológico das Mesas do Castelinho uma presença física e digital, promovendo-o como destino cultural e educativo.
o processo
Identidade com raízes profundas
Partimos de um objeto real: uma cabeça em terracota da Idade do Ferro, encontrada no próprio sítio. A partir daí, criámos uma identidade visual que respeita a origem e olha para o futuro. Inspirámo-nos em elementos arqueológicos, nas silhuetas humanas encontradas no local, nas linhas do território e nas camadas da sua cronologia histórica.



– Cabeça humana de terracota (Idade do Ferro) que combina a influência mediterrânica – cabeça calva e sem barba – e matriz céltica – olhos redondos e frontais e nariz quase inexistente.
O resultado? Um logotipo que não é apenas visual, é narrativo, simbólico e profundamente enraizado no local.

Mascote “Homem-Lagarto” – uma lenda com rosto
Uma das figuras mais enigmáticas da tradição local é o Homem-Lagarto, um guardião mítico do Castelinho. Para o dar vida, desafiámos as crianças da região a desenharem a sua visão desta personagem. Os seus traços foram a base para a criação da mascote oficial: metade homem, metade lagarto, com roupas ricas em detalhes e um lenço como elemento distintivo.


– Proposta gráfica do “Homem-Lagarto”.
Mais do que uma figura simpática, a mascote tornou-se um elo entre a história e a imaginação, aproximando os mais novos do património de forma lúdica e participativa.

Sinalética
Criámos um sistema completo de placas direcionais e painéis informativos, com atenção à clareza, à durabilidade e à integração no ambiente natural. O conteúdo foi trabalhado para equilibrar rigor arqueológico com linguagem acessível, tornando a visita mais intuitiva e enriquecedora para os diferentes públicos.



– Painel informativo.

Materiais gráficos e editoriais
Do mapa ilustrado ao desdobrável explicativo, passando por um caderno de atividades para crianças, cada peça foi desenhada de forma modular e com adaptabilidade ao formato. O design valoriza a imagem e permite atualizações simples, garantindo longevidade e dinamismo ao conjunto.



– Desdobrável com mapa ilustrado, “Mesas do Castelinho – Território envolvente”.



– Desdobrável “Mesas do Castelinho”.


– Caderno de atividades para criança.

Merchandising
Para prolongar a experiência de visita, desenvolvemos uma linha de produtos promocionais coerente com a identidade visual do espaço. Pins, ímanes, canetas, fitas e t-shirts foram produzidos com cuidado nos detalhes, pensados para serem úteis, duráveis e sustentáveis.

Vídeo de apresentação
A história ganhou também vida em formato audiovisual. Com imagens aéreas, planos de detalhe dos achados arqueológicos e momentos da mascote em ação, criámos um vídeo envolvente, pensado para diferentes plataformas, do local físico às redes sociais e ao site do município.
o resultado
O projeto deu ao Mesas do Castelinho uma nova voz, mais clara, mais envolvente e mais próxima.
Entre os impactos mais visíveis, destacam-se:
Aproximação entre comunidade e património: com especial destaque para a participação das crianças na criação da mascote, reforçando o sentimento de pertença.
Maior acessibilidade e compreensão histórica: graças à nova sinalética, aos conteúdos informativos e à abordagem visual integrada.
Experiência de visita mais rica e completa: unindo informação, descoberta e diversão, sem comprometer o rigor científico.
Valorização e promoção do território: tanto a nível turístico como educativo, posicionando Almodôvar como referência na preservação e ativação do seu património.
Este projeto é a prova de que a comunicação quando feita com propósito, proximidade e sensibilidade pode transformar um sítio arqueológico num espaço vivo, que liga passado, presente e futuro através das pessoas que o visitam e das histórias que ali permanecem.




